Amorfo
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Amorfo
Como?
Nunca mais o amor? O que
Significa amar? Perguntas
Me são sadias, conquanto não
Entorpeçam o dia e a noite
E não invadam o domínio
Claustrofóbico da razão.
Amei. Cá está
O motivo da múmia.
De amor seco, estorricado
Encontrei-me certo dia
E da noite, que varei
Raiei racional sem razão
De ser qualquer.
Mas qual o ser
Que amando, não padece
A própria dor de amar?
Amar, martírio ilusório
Compulsório instinto animal...
Anima-me hoje a desilusão
De morto para o amor estar.
Morto amor, amorfo
Ah, morto, e quão imóvel
Coração! Dai-me a razão
De ser, outra razão de ser!
Mas não; não há outra
Razão... A razão do amor
É a razão máxima de ser...
Nunca mais o amor? O que
Significa amar? Perguntas
Me são sadias, conquanto não
Entorpeçam o dia e a noite
E não invadam o domínio
Claustrofóbico da razão.
Amei. Cá está
O motivo da múmia.
De amor seco, estorricado
Encontrei-me certo dia
E da noite, que varei
Raiei racional sem razão
De ser qualquer.
Mas qual o ser
Que amando, não padece
A própria dor de amar?
Amar, martírio ilusório
Compulsório instinto animal...
Anima-me hoje a desilusão
De morto para o amor estar.
Morto amor, amorfo
Ah, morto, e quão imóvel
Coração! Dai-me a razão
De ser, outra razão de ser!
Mas não; não há outra
Razão... A razão do amor
É a razão máxima de ser...
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