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Terra criança, terra mãe, Brasil. (Poema)

4 participantes

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Mensagem  Silva Pardal Sáb Jan 26, 2008 8:23 am

Terra criança, terra mãe, Brasil!



Terra de índios,

Terra de pobres pretos perdidos,

Terra de tolos brancos falidos.

Terra de matas, que o homem desmata,

E, arrogante maltrata os braços que arduamente a carregam,

Talvez patas, com a dor e o ardor de chibatas,

Na imensa escuridão de lombos pretos cantando.



Oh mãe, minha mãe,

Tão nova és entre tantas mães e manhãs.

Terna terra sem pernas,

Terra de pródigos filhos.

Terra de poetas que tua plena beleza cantam,

Terra que a teus filhos encanta,

E com tanta tampa, ainda,

Tua miséria estampa.



Terra de ilusões,

País do carnaval, terra do futebol.

Terra do bem ou do mal?



Terra de quinhentos anos,

Olhai teu passado,

Veste que triste?

Olhai teu futuro,

Será que existe?



Oh mãe minha mãe,

Saibas que o calor de teus povos pode construir-te

Terra esperança,

Pois para teus descendentes

De codinomes brasileiros,

És e serás sempre criança!


Marcelo de Souza Silva.
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Mensagem  kelner Dom Jan 27, 2008 2:32 pm

Gostei muito do rítmo. A segunda estrofe é a melhor, sobretudo os três últimos versos.

"Terra que a teus filhos encanta,

E com tanta tampa, ainda,

Tua miséria estampa.
"

Há um Castro Alves lá longe; ou um Cruz e Souza...

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Mensagem  Gustavo Ter Jan 29, 2008 3:18 am

Eu gosto dessa brincadeira com as palavras - rimas internas, aliterações - porque dá um ritmo gostoso ao texto, que fica meio dançado, meio musicado. Mas não gosto desse estilo de repetir palavras no início de versos conseguintes (terra, terra, terra).

Como opinião própria, um louvor dirigido a algo ou alguém deveria ter um caráter épico ou, no mínimo, algumas nuances de grandiosidade. Por exemplo, leia o poema "O Cacto" do Manuel Bandeira, em que ele prentende render homenagem à planta:


Aquele cacto lembrava os gestos desesperados da estatuária:
Laocoonte constrangido pelas serpentes,
Ugolino e os filhos esfaimados.
Evocava também o seco Nordeste, carnaubais, caatingas...
Era enorme, mesmo para esta terra de feracidades excepcionais.
Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz.
O cacto tombou atravessado na rua,
Quebrou os beirais do casario fronteiro,
Impediu o trânsito de bondes, automóveis, carroças,
Arrebentou os cabos elétricos e durante vinte e quatro horas privou a cidade de iluminação e energia:
– Era belo, áspero, intratável.




Claro que é questão de gosto. E como você deu a cara a tapa... ^^
Gustavo
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Mensagem  Silva Pardal Sex Fev 08, 2008 2:47 pm

concordo com você Gustavo no que refere à forma de escrita, porém devo aqui elucidar que de alguma forma não me preocupo com formas, adoro manter uma autênticidade, mesmo que isso me imponha críticas como a sua, na verdade detesto comparações, admito porém que seu gosto é muito apurado, Manuel Bandeira é um dos maiores, e seria pretensão demais minha querer me parecer com ele, prefiro olhar meu espelho e ver que escrevo sem regras, se você procurar entender o contexto do texto entenderá melhor o porquê das repetições, de qualquer forma agradeço muito a crítica, é só pela diferença que se chega ao crescimento...
Devo apenas pra complementar que o meu estilo de escrever se enquadra hoje num ramo poético que segue uma linha de poesia marginal.
Depois conversamos mais...
Novamente obrigado!
Silva Pardal
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Mensagem  Vivatchka Dom Fev 10, 2008 4:40 am

Acho que os autores que não dominam as conjugações verbais deveriam evitar o uso do "tu" e do "vós" (segunda pessoa). O que ocorre é que erros como esses estraçalham o que até poderia ser um bom texto. O autor fez um poema com um viés romântico, apesar de manter uma crítica, e talvez por isso tenha tentado usar a segunda pessoa, numa tentativa desastrosa. Desejo mais sorte - ou mais pesquisa - da próxima vez. Beijos
Vivatchka
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