Uma história com uma pitada de sexo
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Uma história com uma pitada de sexo
Amanda
queria dar. Pode parecer chulo, mas exatamente isso queria ela.
Despir-se só não de suas roupas, mas de qualquer rigidez moral,
qualquer pudico sentimento que a impelisse de alcançar o prazer sexual
que desejava.
Arroubava-lhe
um desejo de entregar-se ao primeiro homem que lhe assomasse na frente,
igual a uma puta estouvada. Um só não, até mais. Entrava-lhe pelo meio
das pernas uma queimação intensa, desejo forte de ser agarrada
abruptamente, quiçá espancada.
Talvez
o leitor compreenda isso como algum exagero. Garanto que não. Amanda
passara toda sua via, como diz o termo, andando na linha. Forjou-se (ou
forjaram-na) como a garota ideal: quieta, tímida, de poucas palavras, a
não dar confiança a ninguém. Boa aluna da escola, a receber os elogios
muitos dos professores. Namoricos de adolescente, nunca. Virgindade
sempre preservada. Em casa, tal assunto nunca viria a debate. Pai
religioso e falso moralista. Mãe fingindo sê-lo para agradar ao esposo.
Igreja terças, quintas e domingos. Nem um pio se algo estiver errado.
Amanda pirou.
Resistira
aos seus impulsos femininos de dar-se de corpo e alma, tornar-se uma
mera escrava, submissa, a obedecer cegamente qualquer ordem que lhe
dessem. Abaixa, levanta, se ajoelha, abre as pernas. A obediência cega
às regras do pai não a abandonou. Norteava agora sua tão ardente vida
sexual. Talvez Freud explique. Caso não o explique, Amanda não se
importará. Continuará dando. Às escuras, às avessas. Pelas noites,
pelos becos, pelos quartos de motel.Tentará
não ser submissa? Improvável. Seu patrão continuará a dar-lhe ordens
esdrúxulas, lhe invectivará quando cair em falhar, seu vizinho ainda
ouvirá a música alta que tanto a incomoda. Mas ela dará.
queria dar. Pode parecer chulo, mas exatamente isso queria ela.
Despir-se só não de suas roupas, mas de qualquer rigidez moral,
qualquer pudico sentimento que a impelisse de alcançar o prazer sexual
que desejava.
Arroubava-lhe
um desejo de entregar-se ao primeiro homem que lhe assomasse na frente,
igual a uma puta estouvada. Um só não, até mais. Entrava-lhe pelo meio
das pernas uma queimação intensa, desejo forte de ser agarrada
abruptamente, quiçá espancada.
Talvez
o leitor compreenda isso como algum exagero. Garanto que não. Amanda
passara toda sua via, como diz o termo, andando na linha. Forjou-se (ou
forjaram-na) como a garota ideal: quieta, tímida, de poucas palavras, a
não dar confiança a ninguém. Boa aluna da escola, a receber os elogios
muitos dos professores. Namoricos de adolescente, nunca. Virgindade
sempre preservada. Em casa, tal assunto nunca viria a debate. Pai
religioso e falso moralista. Mãe fingindo sê-lo para agradar ao esposo.
Igreja terças, quintas e domingos. Nem um pio se algo estiver errado.
Amanda pirou.
Resistira
aos seus impulsos femininos de dar-se de corpo e alma, tornar-se uma
mera escrava, submissa, a obedecer cegamente qualquer ordem que lhe
dessem. Abaixa, levanta, se ajoelha, abre as pernas. A obediência cega
às regras do pai não a abandonou. Norteava agora sua tão ardente vida
sexual. Talvez Freud explique. Caso não o explique, Amanda não se
importará. Continuará dando. Às escuras, às avessas. Pelas noites,
pelos becos, pelos quartos de motel.Tentará
não ser submissa? Improvável. Seu patrão continuará a dar-lhe ordens
esdrúxulas, lhe invectivará quando cair em falhar, seu vizinho ainda
ouvirá a música alta que tanto a incomoda. Mas ela dará.
Re: Uma história com uma pitada de sexo
Bom...o que tenho a dizer é que gostei. Admiro homens que tenham como principal personagem a mulher.Considero coragem, porque retratar o universo feminino não é para qualquer um,ainda mais com tanta perfeição como vc fez. No mundo da música Chico Buarque conseguiu isso....agora...no gênero literário...vc se saiu muito bem. Parabéns!!
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