O Festival da Carne (Soneto)

Vivatchka, eu sempre tive mais facilidade nas críticas que nos elogios. Li seu poema a alguns dias mas não soube o que responder. Eu quero achar um deslize mas não consigo! =P

Escrever sonetos, hoje, é mais que um desafio. Essa forma é antiga demais e sua linguagem é erudita, rebuscada, cheia de "tu", "vós" e essas coisas. Soneto, para a nova geração é ultrapassado. Eu mesmo não gosto. Mas admiro quem consegue escrever. É desafiador porque tem que se usar uma linguagem fácil e moderna (não digo simples) para conquistar quem lê. Seu soneto tem isso. E além da linguagem que corre leve, o tema é variado.

Do tema, eu tirei o prazer e a dor que nós temos com o sofrimento alheio. Gostei da ousadia de colocar o narrador no objeto que sofre e repara nos sentimentos e atitudes de quem lhe gosta. Gostei, também, das dúvidas deixadas: Por que tanta resignação? Por que a mãe não sofre? Por que o irmão tenta evitar o inevitável? Por que tentar? A única coisa a ser fazer é entrar disposto a tudo nesse festival da carne, se divertir ao máximo, e sair satisfeito com o que viu, se puder sair.

[Eu só trocaria algumas vírgulas por pontos.]