Cidade
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Cidade
Essa cidade assim, depois do vento e do caos
Essa cidade seria depois do sexo.
Vestida de cimento e imagens, recatada, pudica e desconfiada
Eu adivinharia pêlos que se arrepiam nos braços
Dessa cidade, quando se faz que se os toca, sem tocar.
Vista assim, desta varanda, oferecendo o frio sob meus pés
Essa cidade dormita sorrindo, embora tarde.
Séculos, guerras, bucolismo e expansões
Parcas e tênues rugas no olhar dessa cidade
Que, moça, chora calada a sina dos seus filhos
Sente-os feridas, num cuidado solitário
Reza confiante, por sua comunhão.
A cidade vela por mais luzes que as vistas
E nutre, por mais caldos que os da mera digestão.
A cidade enfim espera, num gemer de Alvares
Num mirar de Mario, num esgar de Oswald
Num enquadrar de Campos, num piscar de Arnaldo
Num gozar de Rita, num riffar de Edgar
Aos finais dos dias, inspira flertando serras
Sorve seu café, ao perdoar o egoísmo da indevida acumulação – trash pop
Apaga seu cigarro, ao abençoar a esperança da conscientização – hip hop
Casual e elegante, sim, veste-se
E se diz novamente pronta, para o vento e para o kaos.
Essa cidade seria depois do sexo.
Vestida de cimento e imagens, recatada, pudica e desconfiada
Eu adivinharia pêlos que se arrepiam nos braços
Dessa cidade, quando se faz que se os toca, sem tocar.
Vista assim, desta varanda, oferecendo o frio sob meus pés
Essa cidade dormita sorrindo, embora tarde.
Séculos, guerras, bucolismo e expansões
Parcas e tênues rugas no olhar dessa cidade
Que, moça, chora calada a sina dos seus filhos
Sente-os feridas, num cuidado solitário
Reza confiante, por sua comunhão.
A cidade vela por mais luzes que as vistas
E nutre, por mais caldos que os da mera digestão.
A cidade enfim espera, num gemer de Alvares
Num mirar de Mario, num esgar de Oswald
Num enquadrar de Campos, num piscar de Arnaldo
Num gozar de Rita, num riffar de Edgar
Aos finais dos dias, inspira flertando serras
Sorve seu café, ao perdoar o egoísmo da indevida acumulação – trash pop
Apaga seu cigarro, ao abençoar a esperança da conscientização – hip hop
Casual e elegante, sim, veste-se
E se diz novamente pronta, para o vento e para o kaos.
nelsinho.66- Número de Mensagens : 10
Idade : 49
Localização : São Paulo - SP
Data de inscrição : 15/02/2008
Re: Cidade
"Vista assim, desta varanda, oferecendo o frio sob meus pés"
Essa me fez lembrar do tempo em que morei ai em SP. do frio tremendo que passei porai. da paisagem pesada da grande selva de pedra com suas camadas de poluições vista da Vila Maria alta.
"Aos finais dos dias, inspira flertando serras"
esse aqui me fez voltar do tempo, quando morei em Santana de Parnaiba.
Adoro poemas que falam da cidade, como uma personalidade. Lembra um pouco Alberto Pucheu, em Seu livro e poema A Fronteira Desguarnecida. Livro adorável, leitura deliciosa.
Adoro poemas que me inspiram nas madrugadas insones.
Essa me fez lembrar do tempo em que morei ai em SP. do frio tremendo que passei porai. da paisagem pesada da grande selva de pedra com suas camadas de poluições vista da Vila Maria alta.
"Aos finais dos dias, inspira flertando serras"
esse aqui me fez voltar do tempo, quando morei em Santana de Parnaiba.
Adoro poemas que falam da cidade, como uma personalidade. Lembra um pouco Alberto Pucheu, em Seu livro e poema A Fronteira Desguarnecida. Livro adorável, leitura deliciosa.
Adoro poemas que me inspiram nas madrugadas insones.
kelner- Colunista
- Número de Mensagens : 37
Idade : 47
Localização : Rio de Janeiro
Data de inscrição : 21/01/2008
Re: Cidade
Como o texto traz imagens de uma cidade que eu nunca conheci, fica difícil dar alguma opinião. Os versos longos e livres dificultam mais ainda. Aqui eu fico neutro e passo...
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