Elegia pagã
Página 1 de 1
Elegia pagã
"Como sabeis que cada pássaro que fende os ares não é um imenso
Mundo de deleite, encerrado por vossos sentidos, os cinco?"
William Blake - O Matrimônio do Céu e do Inferno
Vem comigo, vamos à clareira
Que venha a noite até nós
Fria ou quente a façamos
Vívida ou mortal a tornemos.
Saiamos! O ar inspira delírios
A bruma oculta desejos promíscuos
Copulemos em copos de álcool servidos
A Deusa a tudo observa, da névoa.
Alta paira a Lua. Em silêncio
Nas garrafas o vinho implora
Para por bocas ávidas ser sorvido
Façamos pois sua vontade.
A Deusa nos embala e embriaga
Na noite que é seu templo e lar
Que os espíritos fervam em luxúria
Nada mais somos, além do que somos.
Bebamos, nos esbaldemos na carne
Em carne e sangue nos banhemos
Nós, que somos, sejamos da Deusa
Amantes e filhos, servos e senhores.
Pó somos, mas pó ainda não somos
Aproveitemos a magia que perdura
Dancemos e cantemos e bebamos
Em contentamento terreno sejamos.
Sim, sejamos nós, e não os outros
Que somos, quando forçados somos
A não ser quem somos, tolhendo
O direito de ser nós de nós mesmos.
Ajamos pois, animalescos
Pois que de animais não passamos
Alegres animais sob a luz da Lua
Sob a benção da Deusa, vivamos.
Dancemos em roda na oculta clareira
Ao redor do fogo sagrado bailemos
Queime-se o divino que possuímos
Restando apenas a carne e o sangue.
Vivos! Sim, como carne bailarina
Adeptos da Mãe Eterna no culto
Ao grande movimento perpétuo
E nada além ou aquém da vida.
Vivos! Sim, e próximos da morte
Pois a morte é vida disfarçada
Louvemos a morte e a vida
Pois ambas em nós se confundem.
Louvores à Deusa que nos deu a vida
Louvores à Deusa que nos dará a morte
Felizes em sermos o que somos
Dancemos e cantemos e bebamos.
Mundo de deleite, encerrado por vossos sentidos, os cinco?"
William Blake - O Matrimônio do Céu e do Inferno
Vem comigo, vamos à clareira
Que venha a noite até nós
Fria ou quente a façamos
Vívida ou mortal a tornemos.
Saiamos! O ar inspira delírios
A bruma oculta desejos promíscuos
Copulemos em copos de álcool servidos
A Deusa a tudo observa, da névoa.
Alta paira a Lua. Em silêncio
Nas garrafas o vinho implora
Para por bocas ávidas ser sorvido
Façamos pois sua vontade.
A Deusa nos embala e embriaga
Na noite que é seu templo e lar
Que os espíritos fervam em luxúria
Nada mais somos, além do que somos.
Bebamos, nos esbaldemos na carne
Em carne e sangue nos banhemos
Nós, que somos, sejamos da Deusa
Amantes e filhos, servos e senhores.
Pó somos, mas pó ainda não somos
Aproveitemos a magia que perdura
Dancemos e cantemos e bebamos
Em contentamento terreno sejamos.
Sim, sejamos nós, e não os outros
Que somos, quando forçados somos
A não ser quem somos, tolhendo
O direito de ser nós de nós mesmos.
Ajamos pois, animalescos
Pois que de animais não passamos
Alegres animais sob a luz da Lua
Sob a benção da Deusa, vivamos.
Dancemos em roda na oculta clareira
Ao redor do fogo sagrado bailemos
Queime-se o divino que possuímos
Restando apenas a carne e o sangue.
Vivos! Sim, como carne bailarina
Adeptos da Mãe Eterna no culto
Ao grande movimento perpétuo
E nada além ou aquém da vida.
Vivos! Sim, e próximos da morte
Pois a morte é vida disfarçada
Louvemos a morte e a vida
Pois ambas em nós se confundem.
Louvores à Deusa que nos deu a vida
Louvores à Deusa que nos dará a morte
Felizes em sermos o que somos
Dancemos e cantemos e bebamos.
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos